terça-feira, 20 de julho de 2010

O Corsa - parte 2

Depois do susto, e também do tremendo mal estar por ter batido a roda, consegui levar o carro até a minha rua, onde constatei a grande besteira que eu fiz. Como o pneu saiu da roda, achei que bastaria trocá-la pelo estepe, mais um infeliz engano. À noite, fui para o trabalho cheio de mim por ir do centro ao Frade pela primeira vez com o “corsinha”. No caminho, peguei um amigo, o André, que trabalhava comigo, andamos mais uns 200 metros e resolvemos voltar para a casa dele, porque era impossível dirigir o corsa, que girava o volante para a direita sozinho. Pegamos o Uno do André e fomos ao trabalho, deixando para o dia seguinte a solução para a minha irresponsabilidade.

Na manhã seguinte, levamos o carro para fazer o alinhamento das rodas. Por sorte não foi nada grave, nenhum eixo empenado ou problemas na homocinética. Carro consertado, resolvi que teria mais cuidado ao dirigir, que teria mais segurança ao volante e, principalmente, que não faria mais nenhuma besteira por imprudência e falta de habilidade como motorista. Foi um mês de cão, dirigindo como lesma, consultando o manual a todo instante para não fazer mais idiotices. Primeiro carro é dose!


Lembro da vez em que dirigi de Angra ao Frade à noite apenas com a lanterna ligada, pensando que o farol estava fraco. O tolo não pensou em girar mais um pouco o botão para ligar o farol. Foi uma viagem horrível, porque não bastasse a escuridão, também chovia. Deus sabe como cheguei ao meu destino. Na volta, sem querer girei todo o botão, e eis que o farol acendeu.

Mais uma dor e cabeça com o Corsa: enfiei a chave na fechadura da porta do carona e ouvi um estalo, seguido do barulho de metal caindo. A chave rodou direto, mas a porta não abriu, ficando um buraco negro na porta branca. Levei imediatamente o carro num mecânico, que me disse que a peça da maçaneta havia quebrado. Ele improvisou um tampão com uma borracha e pediu para que eu comprasse a peça nova. O problema é que na GM só encontrava o conjunto completo, e eu só precisava da peça de antimônio do lado direito. Um pesadelo que só teve fim quando encontrei um ferro-velho, já extinto, aqui de Angra. Comprei a peça e imediatamente instalei-a no lugar, tirando os pedaços de metal, que mais se pareciam papel, do forro da porta. Por sorte não precisei trocar todas as fechaduras nem o miolo de ignição. Problemas acabados? É claro que não.

3 comentários:

  1. Mas tem que ser muito jumento pra achar que lanterna é farol baixo!!! #ripacaralho

    Essa da fechadura eu nem me lembrava, mas o que me recordo mesmo era a porcaria da maçaneta do meu Fiesta, também na porta do carona. Fora que cheguei a fazer 6 cópias da chave do carro, não sei porque ela tinha um desgaste gigante! Tenho uma até hoje! Se acho ele pela rua eu levo hein! hehehe

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  2. Aguenta que tem mais história bizzarra a caminho.

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  3. O interior é igualzinho ao do Malagueta (meu corisinha 1.0 1996).

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