domingo, 18 de julho de 2010

O Começo

Introdução

Sempre gostei de carros, mas parece que eles não gostam muito de mim. Digo isso porque a infinidade de problemas e contrapontos que já enfrentei com as belas máquinas já me tiraram do sério várias e irritantes vezes. Já pensei até mesmo em me despedir das quatro rodas, dos motores à gasolina, das aceleradas na pista vazia, do conforto, dos amassos no banco de trás e tirar a bicicleta da garagem. Pedalar para me locomover, deve até ser divertido ter o vento no rosto enquanto desço uma ladeira sem me importar com qual marcha devo usar, mexendo as pernas num ritmo frenético para aumentar a velocidade. É até saudável, uma ótima atividade física para pessoas sedentárias e dependentes de carro como eu. O problema é que não sei andar de bicicleta, não gosto de suar fazendo esforço e vivo com pressa de chegar a algum lugar sem estar cansado. Meu médico recomenda atividades diárias, principalmente no meu estado: fumante compulsivo, diabético sem controle, cardíaco... mas tenho ainda um mal muito maior, a preguiça. Uma outra solução seria andar de ônibus, coletivo, transporte público, mas a espera para que passe o carro certo é terrível, sem contar que nos horários de pico entrar no coletivo é tão difícil quanto sair dele. Tem tantas pessoas que vivem nessa angústia, reclamam, mas tão acomodados que são, preferem enriquecer a companhia de transportes com seu preços incrivelmente caros, sem respeito ao consumidor, sem horários fixos. Sem dúvida um carro faz falta.

Minha história automotiva começou com um corsa hatch 1999, depois um Honda Civic 3D Si 1995, sonho de infância, em seguida um Peugeot 306 1999 e agora um Fusca 1972, outro delírio de consumo. A questão é que padeci, e padeço, com todos esses carros, nenhum deles me deu somente prazer. Foram séries de problemas que me levaram a paciência e fizeram um enorme buraco na minha conta bancária. Um incrível azar.

Além dos carros que tive em 10 anos de carteira, tiveram aqueles que quase vieram, e por falta de sorte, não chegaram a estacionar na minha garagem por uma série de motivos alheios a mim. Somados a esses, os sonhos de consumo que me forço a realizar, mas hoje já sem muito esforço para tirá-los da vontade e concretizar o desejo.

Este blog, em si, tem como objetivo e foco principal o Fusca azul 1972, da sua compra até o fim da reforma e restauração que ele será submetido. “Se meu fusca chegasse” já teria feito o blog há mais tempo, mas a novela do carrinho prossegue, por isso a demora em começar o blog. Mas como não consigo ficar muito tempo sem escrever, começo pelos erros e acertos que me levaram a decidir pelo Fusca como meio de transporte e nova paixão.

Vamos então, antes que o mecânico me mostre o carro, lembrar de algumas histórias, hoje hilárias, dos meus carros e da minha “zica” automobilística.

Sejam bem-vindos a mais uma das minhas loucuras.

Um comentário:

  1. Ahhhh! Também quero um blog pra falar de carro, apesar de eu ter tido só um né...

    ResponderExcluir