terça-feira, 20 de julho de 2010

O Corsa - parte 1


Depois que finalmente tirei minha carteira de motorista, decidi que era hora de comprar um carro. Inicialmente havia pensado num modelo antigo, como um gol quadrado ou um fusca, para aprender a dirigir e ganhar confiança atrás do volante. Sabem como é, sair da auto-escola com a carteira de motorista não é garantia de que realmente se aprendeu a dirigir. Precisava de um carro com a manutenção barata e com dirigibilidade fácil para não arrebentar o carro nos primeiros dias.

Não procurei muito pelos carros que tinha em mente, até porque me decidi por um palio ainda durante as aulas com a Daise, a instrutora da Auto-escola Angra. Como aprendi a dirigir num pálio, nada melhor do que comprar um palio. Mas não sei porque, ido a concessionário, fiquei tentado a comprar um Peugeot 106 preto que lá havia. Olhei o carro, gostei do modelo, da cor, do estofado, do motor, mas resolvi pensar mais um pouco antes de fazer a oferta pelo francesinho montado na Argentina.



Em casa, consultando amigos que tinham mais conhecimento do que eu, desisti do 106 por ser importado, ter a manutenção mais cara do que os carros nacionais, ser mais difícil de encontrar as peças de que precisaria para repor caso, e quando, precisasse.

De volta à concessionária, semanas depois, o Peugeot não estava mais lá. Havia sido vendido, e meu peso na consciência diminuiu. Era realmente um carro bonito e bem cuidado.

Próxima etapa, encontrar um usado em bom estado que coubesse no meu bolso sem estourar o orçamento, nem ferir os meus conceitos de mão-de-vaca.
Caminhando pela loja, encontrei um Corsa Hatch, 1999, 1.0 duas portas. Não era bem o que eu queria, mas serviria para mim. Fechamos o negócio e no mesmo dia levei o carrinho para casa.




Era um carro bom, boa direção, bom controle, aceleração razoável para um 1.0. Tinha tudo para ser feliz com ele, mas o coitado padeceu em mãos despreparadas.

Na primeira vez que saí sozinho com o carro, fora o fria na barriga, o medo de fazer besteira me perseguiu durante todo o trajeto para o trabalho, mas sem que nada acontecesse, porém, na volta, o primeiro susto.

Eu morava num morro, havia uma ladeira estreita, com carros dos dois lados, tive medo de continuar e resolvi deixar o carro na parte plana. Não sei o que se passava na minha cabeça quando o estacionei sem reduzir a velocidade. Resultado: bati com a roda no meio-fio e empenei a roda. Bastava soltar a direção que o carro virava sozinho para a direita. Seria o prenúncio de maiores problemas. Arrumei o carro e resolvi praticar mais a fim de não destruí-lo rapidamente. Mas para meu azar eu não seria o único motorista do corsinha.

Um comentário:

  1. Eu não sabia que vc tinha esse blog irmão! E ó, quando começarem a brotar os outros capítulos dessa novela nefasta espero ver o meu nome estampado no texto hein! Tive participação nisso, mesmo que não sendo uma das melhores né! hehehe

    Abraço!

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